Sexta-feira, 25 de Agosto de 2006
“A rapariguinha, completamente nua, é imobilizada na posição de sentada num banco baixo por pelo menos 3 mulheres. Uma delas com os braços, muito apertados, à volta do peito da criança; as outras duas mantêm abertas as pernas da criança à força de modo a abrirem bem a vulva. Os braços da criança são amarrados atrás das costas ou imobilizados por duas outras convidadas.
(...) Em seguida a velha tira a lâmina e extirpa o clítoris. Segue-se a infibulação: a operadora corta com a lâmina o lábio menor de cima a baixo e em seguida raspa a carne do interior do lábio grande. Esta ninfectomia e raspagem são repetidas do outro lado da vulva. A criancinha grita e contorce-se de dor, apesar da força exercida sobre ela para ficar sentada.
A operadora limpa o sangue das feridas e a mãe, assim como as convidadas, “verificam” o seu trabalho, por vezes pondo lá o dedo. A intensidade da raspagem dos lábios grandes depende da habilidade “técnica” da operadora. A abertura que é deixada para a urina e para o sangue menstrual é minúscula.
Depois a operadora aplica uma pasta, assegura-se que a adesão dos lábios grandes fica feita através de um pico de acácia, que fura um lábio passando através deste para o outro. Desta maneira enfia 3 ou 4 na vulva. Estes picos são depois mantidos nesta posição com uma linha de coser ou com crina de cavalo. Volta-se a pôr pasta na ferida.
Mas tudo isto, não é o suficiente para garantir a união dos lábios grandes; por isso a rapariguinha é então atada a partir do pélvis até aos pés: faixas de tecido enroladas como uma corda imobilizam completamente as pernas. Exausta, a rapariguinha é depois vestida e deitada numa cama. A operação dura de 15 a 20 minutos segundo a habilidade da velha e a resistência que a criança oferecer.”
Retirado do livro "Mulheres e Direitos Humanos", publicado pela Amnistia Internacional.
Terça-feira, 22 de Agosto de 2006
140 milhões é o numero de mulheres que já foram submetidas a uma das práticas mais hediondas, e que representa um verdadeiro atentado à vida e saúde da mulher. A prática a que me refiro denomina-se Circuncisão Feminina, mais conhecida como Mutilação Genital Feminina – MGF. E a cada ano que passa, este número aumenta em 2 milhões. Estima-se que esta tradição bárbara se pratique em cerca de 29 países do continente africano e em 3 do Médio Oriente. Contudo, esta prática expandiu-se também aos chamados países civilizados da Europa, onde é praticada no seio das pequenas comunidades emigrantes provenientes dos locais já referidos.
Nos países onde é praticada, a MGF é considerada um pré-requisito para as jovens mulheres contraírem matrimónio. Os homens recusam-se a casar com um mulher não-excisada , esta chega a ser considerada um híbrido de mulher. As mulheres vítimas da excisão têm o seu desejo sexual reduzido, daí que diminua também a promiscuidade sexual, a vida sem sexo chega a ser mais tolerável. A mutilação é, assim, uma segurança quanto à fidelidade da esposa e quanto à castidade da noiva (o que nem sempre é verdade).
A MGF é uma tradição baseada em conceitos erróneos, existe a crença de que os órgãos genitais femininos são 'impuros’ ou ‘sujos’ pelo que, só através da extirpação ficam purificados. Baseia-se também na ideia de que só o homem tem o direito de desfrutar do prazer sexual. Além de discriminatória, esta prática é extremamente perigosa, uma vez que não envolve quaisquer cuidados higiénicos. Os materiais usados não são esterilizados, muitas vezes estão ferrugentos e é comum a utilização dos mesmos instrumentos para varias excisões (o que poderá levar à propagação de doenças como, por exemplo, a Sida). Entre esses instrumentos estão as facas, pedaços de vidros, laminas, gelo, pequenos troncos de árvore, espinhos, folhas e ervas. É, por isso, muito frequente a ocorrência de infecções graves que, quando não levam à morte, provocam danos na saúde reprodutiva, nomeadamente, a infertilidade.
São 3 os tipos de mutilação genital:
· Tipo I: Clitoridectomia ou sunna – consiste na remoção do prepúcio do clítoris , pode também incluir a remoção completa do clítoris . Procedimento: o clítoris é seguro entre o dedo polegar e indicador, puxado para fora e amputado com um corte de um objecto afiado. O sangue é estancado através de gazes ou outras substâncias e é aplicado um penso.
· Tipo II: Excisão – baseia-se na remoção do prepúcio e do clítoris com parcial ou total excisão dos lábios menores. Procedimento: a principal diferença neste tipo é gravidade do corte. Normalmente o clítoris é amputado e os lábios menores são removidos total ou parcialmente, muitas vezes com um mesmo golpe. O sangue é estancado com ligaduras ou com alguns pontos, que podem ou não cobrir parte da abertura vaginal.
· Tipo III: Circuncisão faraónica ou infibulação – consiste na remoção do prepúcio, do clítoris , dos lábios menores e maiores. Procedimento: Os lábios maiores são unidos através de pontos ou espinhos/picos e as pernas são atadas durante 2 a 6 semanas. É deixada uma pequena abertura para permitir a passagem de urina e sangue menstrual (tem normalmente 2-3 cm de diâmetro, mas pode chegar a ser tão pequena como a cabeça de um fósforo). Se depois da infibulação a posterior abertura for suficientemente grande, a mulher poderá ter relações sexuais depois da gradual dilatação, que pode demorar semanas, meses ou, em alguns casos, cerca de 2 anos. Se a abertura for demasiado pequena, tradicionalmente recorre-se à defibulação antes de se ter relações sexuais, normalmente efectuada pelo marido ou um parente feminino usando uma faca ou pedaço de vidro. Em quase todos os casos de infibulação, é necessário recorrer a defibulação durante o parto para permitir a saída do feto e, para tal, é essencial a ajuda de uma parteira pois podem ocorrer complicações para a mãe e/ou o feto.
Tradicionalmente, a re-infibulação é feita após a mulher dar à luz. Este procedimento visa criar a ilusão de virgindade, já que uma pequena abertura vaginal é culturalmente entendida como capaz de dar maior prazer ao homem. Devido aos cortes e suturas repetidos, as consequências físicas, sexuais e psicológicas da infibulação são maiores e mais duradouros do que os outros tipos de MGF .
Dentre todas as mulheres sujeitas à mutilação genital, 80 a 85% são vitimas dos tipos I e II, e as restantes 15 a 20% do tipo III.
Principais países onde se pratica a MGF :
Senegal, Egipto, Sudão, Etiópia, Siri Lanka, Somália, Malásia, Serra Leoa, Emirados Árabes Unidos, Índia, Yemen , Indonésia, Omã, Guiné-Bissau, Nigéria, Uganda, Quénia, Tanzânia, Togo, Mauritânia, Gana, Congo, Benim, Camarões, Costa do Marfim, Chade, Gâmbia, Libéria, Mali.
Quinta-feira, 17 de Agosto de 2006
Hoje deixo-vos um pequeno poema para reflexão.
Falas de civilização...
Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!
Alberto Caeiro
Segunda-feira, 14 de Agosto de 2006
O cão foi desde sempre considerado o melhor amigo do Homem. Seria, por isso, de esperar que recebesse um bom tratamento por parte daquele que ele (cão) também considera ser o seu melhor amigo, contudo, isto nem sempre acontece. A verdade é que os animais, na sua generalidade, já não servem apenas para satisfazer as necessidades básicas do ser humano, nomeadamente, a alimentação. É cada vez maior o número de animais que têm sido utilizados para satisfazer os gostos supérfluos e mesquinhos de alguns, e que causam o sofrimento de muitos.
Numa época em que a indústria permite criar cópias perfeitas de quase todo o tipo de coisas, é perfeitamente desnecessário e, por isso, incompreensível que se continue a matar animais para lhe extrair a sua pele que, posteriormente, servirá para vestuário e acessórios. Só na pré-história é que se justificaria a utilização de peles de animais como meio de vestuário e aquecimento, mas na actualidade, quando existem inúmeros tipos de tecidos com essa função, não se pode compreender este tipo de situações.
A realidade é que já não são apenas as raposas, os leopardos ou outros felinos que são utilizados pela indústria de peles. Na Ásia, milhares de cães e gatos são mortos para posterior extracção da sua pele.
Pergunto: seria capaz de usar a pele do seu cão/gato?
Valerá, realmente, a pena fazer com que os animais sofram das maneiras mais hediondas para termos um simples casaco de peles ou uma mala????
A realidade da indústria de peles:
· Nem todos os animais morrem logo, muitos deles são esfolados ainda com vida. Imagine como seria agradável que nos tirassem toda a nossa pele a sangue-frio.
· Muitos animais passam suas vidas em pequenas gaiolas, ao ar livre, expostos às variações climáticas.
· Depois de passarem a vida em condições deploráveis, os animais são electrocutados, asfixiados, envenenados, gaseados, afogados ou estrangulados.
· Muitos animais desenvolvem comportamentos psicóticos, batendo com força nas paredes da gaiola durante todo o dia, movendo-se furiosamente para um lado e para o outro.
· Alguns animais, como a raposa, têm a língua cortada e são deixadas a sangrar até à morte. Este método de matança contribui para que as peles fiquem intactas.
· Sem alimento, água e qualquer tipo de protecção dos predadores, pelo menos 1 em cada 4 animais rói a própria pata na tentativa desesperada de se libertar. Os que o conseguem fazer acabam por morrer pouco depois, em consequência da perda de sangue, de infecção, de fome ou caçados devido à vulnerabilidade face aos predadores.
· Os animais que não conseguem escapar, aguardam em sofrimento durante vários dias ou até mesmo semanas, até que o caçador volte para verificar a sua armadilha. Para não danificarem a pele, os caçadores asfixiam-nos com os pés ou matam-nos à paulada.
· De acordo com um estudo da Companhia Ford Motor, fazer um casaco de animais apanhados em armadilhas gasta três vezes mais energia; um casaco de animais criados em cativeiro gasta quarenta vezes mais energia, em comparação com um casaco de pele sintética.
Métodos mais utilizados para matar os animais:
· Quebrando a coluna cervical do animal;
· Através de electrocussão anal. Um instrumento com carga eléctrica é introduzido no recto “fritando”, literalmente, os órgãos internos do animal. Muitas vezes os animais ficam apenas atordoados e acordam enquanto estão sendo esfolados, sofrendo dores atrozes ainda vivos.
Nota:
Os casacos feitos de pele de animais são tratados com substâncias químicas altamente tóxicas para evitar que se deteriorem ao longo do tempo. Por isso, mais vale pensar muito bem antes de comprar um.
Os Números :
1 casaco = morte de 25 a 45 carneiros
1 casaco = morte de 10 a 12 texugos
1 casaco = morte de 10 a 20 castores
1 casaco = morte de 20 a 30 gatos domésticos
1 casaco = morte de 12 a 15 gatos selvagens
1 casaco = morte de 15 a 20 cães
1 casaco = morte de 30 a 200 chinchillas
1 casaco = morte de 5 a 30 lobos chacais
1 casaco = morte de 60 a 400 esquilos
1 casaco = morte de 180 a 240 arminhos
1 casaco = morte de 20 a 30 cangurus
1 casaco = morte de 30 a 40 coelhos
1 casaco = morte de 3 a 30 lobos
1 casaco = morte de 10 a 30 lontras
1 casaco = morte de 8 a 15 linces
1 casaco = morte de 40 a 60 martas
1 casaco = morte de 60 a 70 gancabás
1 casaco = morte de 12 a 18 jaguatiricas
1 casaco = morte de 30 a 40 gambás
1 casaco = morte de 6 a 10 focas
1 casaco = morte de 6 a 8 pumas
1 casaco = morte de 27 a 30 ragondinos
1 casaco = morte de 20 a 40 ratos de água
1 casaco = morte de 10 a 24 raposas
1 casaco = morte de 60 a 70 antílopes
1 casaco = morte de 30 a 80 visons
1 casaco = morte de 60 a 70 martas zibelinas
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Para mais informações visite os seguintes sites:
http://www.petitiononline.com/2155/petition-sign.html
http://gopetition.com/info.php?petid=509
Terça-feira, 8 de Agosto de 2006
De acordo com o Departamento da População da ONU, em todo o mundo existem 3,132,342,000 mulheres. Contudo, este número poderia ser maior se, em consequência da falta de cuidados médicos ou de abortos de selecção natural, cerca de 60 milhões de bebés do sexo feminino não fossem impedidos de nascer, muitas vezes, por serem considerados inferiores ao do sexo oposto.
Cerca de 1 bilião, ou seja, uma em cada três mulheres já foram vítimas de algum tipo de violência que, normalmente é perpetrada por algum familiar ou alguém conhecido. A violência sobre as mulheres assume diferentes formas, desde a agressão física à agressão psicológica, nomeadamente, a humilhação e intimidação, bem como comportamentos controladores que restringem a sua conduta e o acesso à informação.
A violência contra as mulheres atinge números dramáticos durante períodos de guerra, nos quais as vitimas se encontram mais desprotegidas. A violação em massa costuma ser usada como arma de guerra com a agravante das mulheres serem, muitas vezes, forçadas a prostituir-se para assegurar a sobrevivência das suas famílias.
Em vários países esta questão é considerada um caso de saúde publica, uma vez que alguns tipos de violência tem contribuído para afectar a capacidade reprodutiva e para elevados índices de HIV/SIDA entre mulheres de varias faixas etárias. Em muitos países existe ainda a crença de que através de uma relação sexual com uma virgem encontra-se a cura para esta doença, daí que o número de mulheres jovens e de crianças com SIDA tenha vindo a aumentar significativamente.
Outros tipos de violência existem, mas por serem vistos como ‘habituais’ ou ‘tradicionais’, por fazerem parte de uma cultura não são tão visíveis. É o caso da mutilação genital, dos casamentos precoces ou dos “crimes de honra”.
Alguns Números da Violência:
· 70% das mulheres assassinadas foram mortas pelos seus parceiros no ano de 2002.
· 5 mulheres, por semana, foram mortas pelo parceiro ou algum membro da família na Zâmbia (2003).
· A cada 15 segundos uma mulher é espancada pelo parceiro nos EUA.
· 36000 mulheres são espancadas diariamente na Federação Russa.
· 147 mulheres são violadas diariamente na África do Sul.
· A cada 90 segundos uma mulher é violada nos EUA.
· Em 85% das zonas de conflito armado registou-se tráfico de mulheres e raparigas.
· 250 000 a 500 000 mulheres foram violadas durante o genocídio de Ruanda.
· 400 mulheres e raparigas com pouco mais de 8 anos foram violadas no Iraque desde Abril de 2003.
· A cada 14 dias uma colombiana é vítima de “desaparecimento” forçado.
· 20 000 a 50 000 mulheres foram violadas na Bósnia e Herzegovina durante os 5 meses de conflito em 1992.
· Mais de 135 milhões de raparigas foram sujeitas à mutilação genital. 2 milhões estão todos os anos em risco.
· 82 milhões de raparigas com idades entre os 10 e 17 anos, casarão antes de completarem 18 anos.
· 45 mulheres foram assassinadas num período de 2 meses no Irão em virtude dos “crimes de honra”.
· A mutilação genital continua a ser praticada nas comunidades emigrantes na França, Holanda, Dinamarca, Suíça , Itália, Suécia e Reino Unido.
· 15000 mortes por ano na Índia, causadas por estranhos fogos acidentais desencadeados em cozinhas.
Infelizmente, a lista não termina aqui, ela é muito maior, no entanto a totalidade os números relativos à violência contra as mulheres ainda continua desconhecida, uma vez que muitas mulheres continuam a não denunciar os crimes de que são alvo, por vezes, por medo outras por vergonha, por falta de meios económicos, pela preocupação com os filhos ou por dependência emocional. A verdade é que muitas destas mulheres sabem que a impunidade ainda impera.
Para mais uma reflexão:
· 51% da população mundial infectada com HIV/SIDA (mais de 20 milhões) são mulheres.
· Mais de metade das novas infecções com HIV ocorrem entre jovens dos 15 aos 24 anos, e mais de 60% destes jovens seropositivos, são mulheres.
· Em 2003, pelo menos 54 países tinham leis discriminatórias contra as mulheres.
· A violação marital é reconhecida como crime em apenas 51 países.
· Os códigos penais de países como o Peru, Bangladesh, Argentina, Equador, Egipto, Guatemala, Irão, Israel, Jordão, Síria, Líbano, Turquia e Venezuela prevêem as chamadas “defesas de honra” (parciais ou completas).
· Na África do Sul a percentagem de condenação por violação permanece nos 7%. Apenas um terço do número estimado de violações foi denunciado em 2003.
· Nos EUA 16% das mulheres denunciaram a violação à polícia; daquelas que não o fizeram, 50% teriam relatado o seu caso se lhe tivessem sido dadas garantias de sigilo.
· No ano de 2003, a legislação sobre a violência doméstica era inexistente ou desconhecida em 79 países.
Quinta-feira, 3 de Agosto de 2006
Num qualquer país asiático, onde esta carne é muito apreciada.
Com estes animais realizam-se as experiências mais horríveis que podemos imaginar.
Esta é só uma pequena amostra.
Mais um exemplo dos "bons-tratos" a que são sujeitos alguns (muitos) animais.
Nem as aves escapam à crueldade do Homem.
Este exemplo chega da Turquia .
Os suínos também não escapam.
Palavras para quê?
Terça-feira, 1 de Agosto de 2006
Branco. Branco era a cor preferida de Clara.
Branco era a cor que ela usava quando conheceu Diogo.
Branco vestia ela quando lhe disse pela primeira vez “amo-te”.
Branco foi o seu vestido de noiva.
Branco era a cor das paredes da sua nova casa.
Branco era a cor que a alegrava.
Branco foi a cor da primeira roupa da sua filha.
Brancas eram as belas toalhas que cobriam a mesa onde juntos jantavam felizes.
Brancos eram os lençóis da cama onde repousava.
Branco era...
Vermelho é a cor que Clara detesta.
Vermelho era a cor que usava quando discutiu pela primeira vez com Diogo.
Vermelho é a cor que mancha as paredes da sua casa.
Vermelho é a cor que mancha as suas roupas.
Vermelho é a cor que mancha a sua toalha de mesa.
Vermelho é...
Vermelho é a cor do lençol que a cobre agora enquanto espera que a sua filha regresse da escola e a encontre deitada na cama. Morta.
Decidi aderir a esta nova moda dos blogs, esses diários / semanários em que cada um escreve o que lhe vem à mente, com a vantagem (ou desvantagem) dessas palavras, ideias, opiniões ou pensamentos serem lidos por todos os que assim o quiserem.
Não é minha intenção escrever sobre mim ou sobre aquilo que me vai acontecendo no dia-a-dia. Não. Não é sobre isso que pretendo reflectir, até porque crises existenciais o mundo já tem as suficientes, por isso, não será necessário juntar mais uma a essa infindável lista de crises pessoais. Neste meu blog, pretendo partilhar assuntos que me preocupam, que sejam pertinentes e do interesse de todos (pelo menos assim o espero).
Ultimamente tenho efectuado algumas pesquisas neste maravilhoso mundo virtual que é a Internet. Foi o resultado dessas pesquisas que me levou a criar este blog. Foi também daí que surgiu o nome do blog, Humanidade Desumana. Penso que não será necessário perguntar o porquê de considerar a humanidade desumana, a resposta aparece todos os dias à nossa frente através da televisão, da rádio, dos jornais ou até num pequeno passeio pela rua. Contudo, com isto não pretendo dizer que no mundo dos homens só existam coisas más, isso também não será verdade. No entanto, temos que nos consciencializar de que o mundo (dos homens) está a tornar-se cada vez mais imperfeito e essa sim é a verdade, por muito que nos desagrade.
Relativamente ao blog, espero que gostem dos futuros posts, que irei publicar sempre que me for possível. Aproveito também para, desde já, agradecer a vossa visita.